Decifrando o Código dos Sonhos: Entenda as Mensagens Ocultas!

Está pronto a decifrar as mensagens dos seus sonhos? Mas espere, está a dizer que as mensagens estão num código que não entende? Isso pode acontecer porque não usou as ferramentas certas para o decifrar. A paciência, segundo dizem, é uma virtude.

Acreditamos também que há muitas alturas em que, apesar do entusiasmo, não estamos prontos para entender o que os nossos sonhos significam.

Também é boa ideia certificar-se que não está a usar apenas um modo de interpretação dos sonhos. Está a tentar ver os seus impulsos sexuais em todos os sonhos? Está a pôr de lado os sonhos que não lhe parecem representar o desejo de se tornar presidente da república?

Há muitas mensagens nos nossos sonhos, como existem emoções nos nossos corações. Mas há alguns tipos de sonhos que parecem focar certos tipos de mensagens.

Por exemplo, existem sonhos criativos, onde o poder dos símbolos é tão evocativo que quando acorda pode sentir necessidade de pintar, cantar ou escrever.

Outros tipos de sonhos parecem mostrar o óbvio. Bem, isto faz sentido se se lembrar de que os sonhos focam sempre os nossos temas pessoais, e não os temas chatos mundiais.

Claro que podemos ter sonhos que se aplicam à sociedade como um todo, mas aplicam-se sempre primeiro a nós. Temos tendência a sonhar com as nossas relações, empregos, passatempos e temas do dia-a-dia, bem como as esperanças e medos de cada um.

Alguma vez teve um sonho onde a resposta a um problema particularmente aborrecido ou difícil lhe era revelada? Um problema que estava a tentar resolver há já algum tempo?

Não é raro as soluções nos aparecerem em sonhos.

Às vezes, conseguimos alterar o enredo ou o resultado dos sonhos treinando para ficarmos conscientes de que estamos a sonhar. Temos tido sonhos lúcidos. As mensagens que existem nos seus sonhos são criadas por si e são para si. Pode observá-las, explorá-las, iluminá-las — tudo ao seu ritmo.

Como me lembrar do meu sonho? Saiba o que precisa de saber!

A melhor forma de se lembrar de um sonho é estar interessado em fazê-lo. É também importante não se dedicar demasiado a uma escola de teoria de sonhos.

Os sonhos aparecem-nos em símbolos que têm muitas interpretações e significados. Sobretudo, significados individuais e pessoais.

Em certos pontos de viragem nas nossas vidas teremos «grandes» sonhos que reflectem as nossas lutas. Não faz mal decidir que queremos parar um pouco (ou para sempre) a exploração do significado dos sonhos.

Os nossos sonhos podem ajudar-nos a libertar a criatividade ou a encontrar a solução para um problema.

Lembra-se daquele sonho maravilhoso que teve na semana passada? Guardou-o para si ou conto-o a alguém? A pessoa estava interessada ou estava sempre a olhar para o relógio?

Parecia preocupada ou fez com que o seu sonho fosse sobre ela? Imagine se tivesse um grupo de amigos com quem falar sobre sonhos, nada mais do que sonhos.

«Deixo-te entrar no meu sonho se me deixares entrar no teu»

A letra da canção de Bob Dylan transforma em palavras os sentimentos que pode ter quando decidir partilhar os seus sonhos. É da natureza humana querer comunicar e ser curioso sobre o que faz as outras pessoas reagirem. Mas contar a alguém os seus sonhos pode fazê-lo sentir-se vulnerável.

Afinal, quando começamos a explorar os nossos sonhos, expomos muitas vezes partes de nós próprios que estamos a começar a conhecer.

Mas pode ser útil deixar que alguém conheça os nossos sonhos. Sobretudo se for alguém que nos conhece bem. Às vezes, transformar o sonho em palavras pode ser elucidativo.

Outras, podemos ter vontade de falar sobre o significado daquele sonho bizarro.

Em muitas culturas indígenas, partilhar os sonhos é uma parte importante do dia-a-dia. Os acontecimentos do dia são muitas vezes determinados pelo conteúdo dos sonhos da noite anterior.

Mas na nossa sociedade não se dá qualquer importância a partilhar os sonhos e a sonhar. Por isso, cabe-lhe a si encontrar uma forma de contar os seus sonhos. Muitas pessoas formaram vários grupos de sonhos; outras sentem-se mais confortáveis em partilhá-los com um amigo ou companheiro.

Em dada altura, as pessoas achavam que os sonhos deviam ser mantidos privados ou contados apenas a um terapeuta. 

Talvez, em parte, isso tenha a ver com o estereótipo de Freud de que os sonhos têm todo o tipo de impulsos perigosos que até fariam corar a fina sociedade.

Então, decidiu que quer falar sobre os seus sonhos. Mas se tiver um sonho perturbador sobre a sua mãe, pode não querer telefonar e discuti-lo com ela. 

E se tiver um sonho erótico com o seu vizinho do lado, pode não se sentir confortável em contar ao seu companheiro — nem dizer ao seu vizinho: «Imagine que sonhei consigo!»

Então com quem fala? 

De forma geral, partilhe os seus sonhos com pessoas em quem sabe que pode confiar, que sabem guardar um segredo, que respeitem que os sonhos têm um significado e que estão interessadas em ouvi-lo falar deles.

Tente ver que palavras usa quando analisa o seu sonho. 

Usa palavras críticas (estúpidas, tontas, obscenas)? Tente não fazer isso. 

Tente compreender o sonho pelo que ele é, não o denegrindo — e a si — colocando-lhe rótulos negativos.

Aprender que não existem sonhos certos ou errados

Todos nós aprendemos que é importante ter as notas mais altas, escrever a melhor composição da turma, dizer a coisa mais engraçada numa festa. 

E quando começamos a olhar para os nossos sonhos, a tendência é «fazê-lo bem». Podemos sentir-nos frustrados quando os nossos sonhos não fazem sentido ou parecem tolos. 

Imaginamos que outras pessoas têm sonhos melhores, que reflectem, na verdade, que são pessoas melhores do que nós!

Tente não comparar os seus sonhos com os das outras pessoas. Esqueça o que o seu colega de trabalho, com mais sucesso e sorte, mais bonito e esperto, sonha sobre si. Na verdade, não sabe o que se passa no interior das outras pessoas, e, mesmo que soubesse, ainda tem que lidar com a sua própria vida.

Por isso, força. Lide com a sua vida aprendendo que não há sonhos certos ou errados. 

Os sonhos cheios de dor e perda não são agradáveis, mas não são «errados». Assim como os sonhos com carros e champanhe caro não são «certos». (Mas são muito divertidos.) 

Não perceber os seus sonhos não significa que significado é óbvio.

Curiosidade

  • Mary Shelley inspirou-se para escrever Frankenstein após ter passado uma noite a contar histórias de fantasmas a familiares e amigos. Antes de se deitar, foi incentivada a escrever uma história de terror. Nessa noite teve um pesadelo que se tornou a base do seu livro.
  • Sonhos lúcidos é o nome dado à técnica desenvolvida por Stephen LaBerge, o médico que demonstrou cientificamente a capacidade do sonhador em alterar conscientemente o conteúdo dos sonhos. As suas descobertas são usadas por investigadores de sono para tratar pesadelos. Muitas pessoas leigas usam o seu trabalho para resolver os seus problemas nos sonhos.

Se achar que passado algum tempo o conteúdo dos seus sonhos interfere muito com o seu dia-a-dia, então é boa ideia consultar um profissional de saúde mental.